sexta-feira, 1 de maio de 2009

Depois do Começo


Deus, Deus, somos todos ateus
Vamos cortar os cabelos do príncipe
E entregá-los a um deus plebeu

E depois do começo
O que vier vai começar a ser o fim

                Eu tenho mente aberta; não bebo, fumo ou me drogo, mas não me importo com aqueles que o fazem. Acho que eles são livres para fazerem o que lhes vier na cabeça e acredito sim na legalização das drogas. Não sou uma pessoa ciumenta, eu sinto ciúmes, óbvio, mas ele não me consome. Aliás, talvez isso seja até um defeito, já que eu nunca o demonstro, fazendo às vezes com que as pessoas acreditem que eu não me importo. Gosto de ir a lugares em que conheço ninguém, conhecer novas culturas, línguas, costumes, viver realidades diferentes... Mas não consigo me adaptar a mudanças de amigos.

                Para uma pessoa me cativar (de verdade mesmo) leva tempo e exige uma boa vontade de ambas, mas quando me cativa então tenha certeza que será por um bom tempo e, mesmo que o destino nos separe, eu sempre terei boas lembranças. Mas e quando não é o destino quem separa? E quando nós percebemos que aquilo que nos unia não existe mais, e que agora o melhor é nós seguirmos caminhos diferentes?  Terrível. Mesmo que eu seja a primeira a sugerir a separação, a dor, a angústia que eu sinto é sem igual.

                Mês de Janeiro, férias, alegria geral... Apaixonei-me, nós fomos amigos por quatro semanas e amantes por uma e meia. Nunca terminamos, simplesmente um dia eu acordei e percebi que já não era a mesma coisa. Percebi que para ele também não era. Nossa comunicação foi se tornando cada vez mais rara e então nem mais amigos éramos. Todo o processo – nos conhecermos, ficarmos amigos, ficarmos e terminarmos de vez – durou um total aproximando de seis semanas, e a sexta foi a mais terrível de minha vida (ou ao menos uma das piores semanas que já tive). Não era só uma paixão que acabava, era um amigo que ia embora. E agora estou vendo isso tudo se repetir (duas semanas nos tornamos amigos, por duas ficamos e essa acredito ser a nossa semana final). É como se uma parte de mim faltasse, é estranho, sufocante. É como se tivesse um peso a mais na minha alma. O pior de tudo é o fato de eu sempre ter defendido (ok, ainda defendo) que nosso estado de espírito nunca pode depender de outro alguém além de nós mesmos.

                P.S.: Eu me odeio deprimida, então aqui vai meu ‘super plano anti-deprê’ para o Sábado: Assistir muito Friends, Grey’s Anatomy e filmes fofos (O Fabuloso Destino de Amélie Poulain) e amanhã irei assistir X-Men Origins: Wolverine. Se mesmo depois de tudo isso eu ainda não me sentir melhor então talvez a solução seja mesmo me desabafar com alguém.

P.S.2: Eu sou péssima em desabafos.


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